terça-feira, 10 de maio de 2011

Lição 07 – OS DONS DE PODER (Escola Dominical)

Lição 7
                                                      

Publicado em 9 de Maio de 2011 as 09:05:54 PM Comente
Texto Base: Atos 8.5-8; 1Coríntios 12:4-10 Atos 8
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias” (Atos 19:11)


INTRODUÇÃO

Nesta aula estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. 
Aqui, a palavra poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o
 Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo, 
os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus, a sua onipotência,
 a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os 
demônios. Eles são concedidos pelo Espírito Santo à igreja a fim de auxiliá-la na
 propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. 
Também, através dos mesmos a soberania de Deus sobre todas as coisas
 e a Sua presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal. Esses dons são: fé, dons de curar, operação de maravilhas.
I. O DOM DA FÉ

“A outro, no mesmo Espírito, a fé” (1Co 12:9). O dom da fé trata de uma 
confiança extraordinária, especial, que faz com que pessoas tenham uma 
crença pontual além dos limites do imaginável e que, mediante esta confiança, 
realizem coisas que estão além do alcance da imaginação humana. 
Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do Senhor que,
 tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com
 a vontade de Deus e servem para a sua glorificação. Esse dom só 
se manifesta quando surge uma necessidade. Assim, por exemplo, 
agiu Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para 
impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um simples
 prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali 
estavam (At 27:30-36). Esta fé é apenas daqueles salvos que são 
aquinhoados pelo Espírito Santo com este dom e devem 
exercê-lo sempre em vista do consolo, admoestação e conforto da
 Igreja. Também, a sua manifestação objetiva o crescimento, 
desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.
O dom da fé é visto na operação da cura do coxo na porta do Templo, 
registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo
 que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o 
dom da fé segundo o relato de 2Reis 1:10-12(O fogo do céu consome 100 homens).



EXPLICANDO O QUE É FÉ SALVADORA, FÉ NATURAL E FÉ ATIVA 

A FÉ SALVADORA. É a crença de que Jesus é o único e suficiente 
Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito
 à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se ar
repende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se 
submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe 
a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou 
“fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de 
Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm 10:17), o 
Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte
 e do juízo (João 16:8-11) e, deste modo, o homem crê e, 
mediante esta fé, é justificado (Rm 5:1), ou seja, posto numa
 posição de justo diante de Deus, o que lhe permite ter paz, 
isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta fé 
é a que concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar 
pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a fé, ou
 não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não 
precisa pedir; aquele que não tem, não adianta pedir - “… nós 
sabemos que Deus não ouve a pecadores…”(João 9:31). Segundo
 a Bíblia, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir. Não adianta
 pedir porque não está escrito que a fé vem através da oração, ou
 pelo pedir, mas, sim “… pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra
 de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento
 da fé, como pediram os discípulos - “Disseram então os apóstolo
ao Senhor: acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram:
 “dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos a fé”. Acrescentar significa 
ajuntar alguma coisa à outra para torná-la maior.

A FÉ NATURAL. A Fé Natural é a chamada fé esperança, 
fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da 
natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para
 lutar, para progredir, para superar dificuldades. 
Quando o homem perde a fé natural, ele cai no 
desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. 
É ela que faz com que o homem seja um ser religioso,
 faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém 
superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, 
com facilidade, crê na sua existência - “Tu crês que 
há um só Deus? Fazes bem…”(Tg 2:19), ou seja, nisto 
não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “… 
também os demônios o crêem e estremecem”. 
Não ouvindo falar de um Deus Criador, então 
o homem inventa os seus próprios “deuses”. 
Ele sente necessidade de crer. Porém, este crer,
 mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural, 
não muda nada em sua vida.

A fé natural não leva o homem a Deus e nem trás Deus ao
 homem. A Fé Natural não pode se transformar em Fé Espiritual,
 ela só atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem 
a compreender e a adquirir os bens espirituais.

Dentre os exemplos de Fé Natural podemos citar a do agricultor,
 ou lavrador. Se o agricultor não tiver fé natural, ele não semeia, 
conforme afirmou Salomão - “Quem observa o vento, nunca 
semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”(Ec 12:4).
 Isto significa que ele não pode ficar na dependência do tempo, 
se vai chover, se vai fazer sol! O tempo passa! Ele tem que acreditar, 
ter fé, lançar a semente, crer que haverá uma colheita abundante… 
e esperar! Mas, nada pode lhe garantir que haverá colheita. Uma 
praga, a falta ou excesso de chuva pode prejudicar, e até destruir 
toda colheita! Isto diferencia muita da Fé espiritual, que é “o firme
 fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que
 se não vêem”(Hn 11:1). 
A fé espiritual só pode ser recebida como dom de Deus, através 
de sua Palavra. Isto acontece no momento da Conversão, ou do 
Novo Nascimento. Somente o homem nascido de novo possui a fé 
espiritual.

A FÉ ATIVA. É a confiança absoluta em alguém ou em algo.
 É precisamente este o significado em que se deve entender fé
enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo,
 após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador.
Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito
à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer
que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar
crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali.
Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar
em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos
 faz superar todos os obstáculos e a
enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual.
Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem
todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos
Hebreus no “capítulo da fé” (o capítulo 11 da epístola aos Hebreus).
É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).

Portanto, todos os salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas nem
todos são contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado,
conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento
 e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.

II. OS DONS DE CURAR
E a outro, no mesmo Espírito, dons de curar” (1Co 12.9). 
Estes dons são conhecidos pela igreja para a cura das 
doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto
 dos incrédulos, por meios divinos e sobrenaturais 
(Mt 4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja,
 esta experiência era constante no ministério dos discípulos. 
O Espírito Santo concedeu-lhes os dons de poder, 
que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.
Não devemos confundir os Dons de curar com o sinal de
 cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a
 confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de curar são
repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que,
 na operação de cura, Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
Observe a expressão bíblica: “dons de curar”. Por está no plural, não
deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”;
 indica diferentes atitudes de curar enfermidades e sugere que cada
 ato de cura vem de um dom especial de Deus.
Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do
corpo de Cristo(1Co 12:11,30); todavia, todos eles podem orar
pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt 10:8).
Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura
 das enfermidades na Igreja é impedida por causa do pecado
 escondido, não confessado; é o que Tiago nos diz em
Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros
e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes
 devem confessar seus pecados a Deus e a Igreja
(quando esta for ofendida e escandalizada).
O pecado na igreja estorva as orações dos crentes
 e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.
OS “DONS DE CURA” SÃO OPERADOS JUNTAMENTE COM A FÉ DO DOENTE?
Em certas ocasiões os doentes eram curados através
da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração - veja o
caso da cura do coxo no templo formosa; não houve
 nenhuma iniciativa de fé por parte do doente -, mas a
fé por parte da pessoa aflita é importante e algumas vezes
 essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na
cidade de Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária:
 “Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e
vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta:
Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e
andou” (At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura,
 não obstante sua ordem para que o coxo levantasse foi dada
 depois de perceber que ele tinha fé para ser curado.
Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra,
nos ensina que a pregação da Palavra de Deus é uma
 forma de incutir fé nas pessoas que nos ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17).
Conforme Mateus 13:58, Cristo não curou todos os
enfermos por causa da incredulidade do povo -
“E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”.
Desta feita, deduz-se que quem possui o Dom da cura não
tem poder de curar a todos os enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.
OS “DONS DE CURA” NÃO SÃO PROPRIEDADE DOS HOMENS
Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial
e direta de Deus em favor daquele que sofre, logo não
são propriedades do ser humano. Eles são dados
a Igreja para serem usados como instrumentos de
trabalho na pregação do Evangelho. A cura está sujeita
a vontade de Deus, bem como a manifestação dos dons de
curar. É preciso ter o cuidado de não limitar o poder de Deus
 para operar conforme queira.
Infelizmente, “alguns pregadores usam os dons de
 curar para autopromover-se, não demonstrando nenhum
respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio
das coisas sagradas (At 8:17-21), esbulham as igrejas
 em campanhas que, de Deus, só têm o nome.
 Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade
 do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão
 ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e
 hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo”.
Tenhamos cuidado, pois atualmente existem muitos
falsos milagreiros, como no passado; que fazem
“milagres” como Janes e Jambres fizeram no Egito
 (cf Ex 7:11,12 - 2Tm 3:8,9). Cuidado com os
milagres forjados - exemplo: a “santa” - imagem de escultura -
que chorou, etc…).
O PROPÓSITO DOS “DONS DE CURA”
A cura tem sido uma das marcas identificadoras da
 pregação pentecostal ao redor do mundo.
 É algo destinado aos que crêem, é
uma realidade atual e indispensável para que
 demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja,
para que o nome do Senhor seja glorificado, mas
não devemos nos esquecer de que o propósito da
cura divina não é a saúde física de alguém, mas,
 sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21),
 a confirmação da palavra da pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5)
 e a comprovação da presença de Deus no meio do seu
 povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem
 sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que
não se confundem com a nossa vontade ou com
os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos
o por quê alguém está doente, a fim de que compreendamos
 qual o propósito do Senhor nesta doença.
Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem
esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão
dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que
nem todos são curados. Há exemplo na Bíblia em que
 apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, recebe
 essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de
Betesta(João 5:1-8). Isso porque a cura é um ato
eminentemente divino e Deus cura a quem e quando lhe apraz.
A FÉ DO HOMEM É UMA CONDIÇÃO RELATIVA, NÃO
 ABSOLUTA PARA O RECEBIMENTO DA CURA DIVINA.
A fé, seja daquele que vai ser curado ou daquele
que intercede por um outro, é a única condição para
que a cura seja efetivada (Mt 9:22; At 3:6).
Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa,
 não absoluta para o recebimento da cura divina.
Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura,
é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a
lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como
Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas
(Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso
específico de Paulo, por motivos que estão além da
 compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente.
Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas,
no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade
estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23).
Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de
 Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do
mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico
seja pecado, devido ao exemplo
 de Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque
preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor.
Há bons médicos que podem atuar como instrumentos de Deus
para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus:
“Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt 9:12).
IMPEDIMENTOS À CURA
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à
 cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5:16);
(2) opressão ou domínio demoníaco(Lc 13:11-13); (3)
 insucessos no passado que debilitam a fé hoje(Mc 5:26;
João 5:5-7); (4) o povo(Mc 10:48); (5) ensino
antibíblico(Mc 3:1-5;7:13); (6) descuido da igreja
em buscar e receber os dons de operações de
milagres e de curas, segundo a provisão divina
(At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31;
 Hb2:3,4); (7) incredulidade(Mc 6:3-6; 9:19,23,24); e
(8) irreverência com as coisas santas do Senhor(1Co 11:29,30).
Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência
 da doença física em crentes dedicados(por exemplo Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
e a outro, a operação de maravilhas” (1Co 12:10). 
O que são Sinais e Maravilhas? São operações de milagres
 extraordinários e espantosos pelo poder de Deus. São fatos
 que fogem à explicação das leis naturais (exemplos: 
Moisés e o mar vermelho; Jesus acalmando a tempestade
(Lc 8:24); a ressurreição de Lázaro). São ocorrências difíceis
 de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural 
das coisas. Por isso, os sinais e maravilhas são uma 
demonstração de que Deus criou o mundo, não se confunde
 com a sua criação e, além disso, participa desta criação,
 fazendo intervenções que modificam as leis por Ele 
mesmo estabelecidas, quando isto é da sua vontade 
e atende aos seus sublimes propósitos. Em fim, através
 deste dom Deus opera:
Algo sobrenatural (2Rs 4:1-7); Algo que vai contra
 todas as leis da natureza(2Rs 4:32-37); Algo que
vai contra as leis da química e da física (2Rs 6:1-7);
Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano
 (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal - Josué 10:12-13).
Mais exemplos de operações de maravilhas: a vara de
 Moisés transformada (Ex 4:1-5); o azeite da viúva
(1Rs 17:13-16); a transformação da água em vinho
(João 2:7-11); ressurreição de Lázaro (João 11.39-44);
a multiplicação dos pães(Mt 14:19-21). A ressurreição é
um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura,
pois o corpo já está morto. O expelir demônios também é
um exemplo de maravilha. Ver ainda Atos 8:6,13. A Bíblia
ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias
 eram realizadas (Atos 19:11).
Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de
operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará
sempre relacionado com o restabelecimento da saúde,
o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem
estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas
sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo,
a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.
OBJETIVOS DO MILAGRE
Glorificar o nome de Jesus. Na luta diária contra as hostes 
espirituais da maldade (Ef 6:12), contra as portas do inferno
 (Mt 16:18), a Igreja não pode apenas viver dos registros constantes
 das Escrituras, mas tem de sentir a glorificação presente e atual de 
Jesus através da operação de poder pelo Espírito Santo, que foi 
derramado sobre a Igreja, entre outras coisas, precisamente para 
glorificar o nome de Jesus (João 16:14). Uma das formas de 
glorificação é a realização de sinais e maravilhas, quando o Pai 
é glorificado no Filho (João 14:13,14).
Autenticar a mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e 
subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à 
proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres
 tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, 
ao fim do seu Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam,
 o Senhor cooperava com eles realizando milagres e dando validade
 à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as
 palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
 cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com
 os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20). Lucas, narrando
 a história dos Atos dos Apóstolos, diz que os discípulos “detiveram-se,
 pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava
 testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos
 se fizessem sinais e prodígios”(At 14:3).
O CUIDADO COM A SUPERVALORIZAÇÃO DOS MILAGRES
Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo
 santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais
 e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade
humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo
 para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se
colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco
regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude
na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam
aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a
 Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem
 aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem
 os milagres(Revista Ensinador Cristão - nº 45 - p.38).
CONCLUSÃO
Jesus quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós
através dos dons espirituais de poder. Afinal, o cristão autêntico
 acredita na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons
 espirituais (Mc 16:17-20). Estes dons não cessaram, continuam
disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai
cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos
diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo
 “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos
 uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação.
O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo
 sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade
 com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe
que o Espírito de Deus o use. Amém!
——-
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço - Prof. EBD -
 Assembléia de Deus - Ministério Bela Vista.

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