Publicado em 9 de Maio de 2011 as 09:05:54 PM Comente
Texto Base: Atos 8.5-8; 1Coríntios 12:4-10 Atos 8
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias” (Atos 19:11)
INTRODUÇÃO
Nesta aula estudaremos a respeito dos dons espirituais de poder. Aqui, a palavra poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus, a sua onipotência, a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os demônios. Eles são concedidos pelo Espírito Santo à igreja a fim de auxiliá-la na propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Também, através dos mesmos a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal. Esses dons são: fé, dons de curar, operação de maravilhas.
I. O DOM DA FÉ
“A outro, no mesmo Espírito, a fé” (1Co 12:9). O dom da fé trata de uma confiança extraordinária, especial, que faz com que pessoas tenham uma crença pontual além dos limites do imaginável e que, mediante esta confiança, realizem coisas que estão além do alcance da imaginação humana. Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do Senhor que, tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com a vontade de Deus e servem para a sua glorificação. Esse dom só se manifesta quando surge uma necessidade. Assim, por exemplo, agiu Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um simples prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali estavam (At 27:30-36). Esta fé é apenas daqueles salvos que são aquinhoados pelo Espírito Santo com este dom e devem exercê-lo sempre em vista do consolo, admoestação e conforto da Igreja. Também, a sua manifestação objetiva o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.
O dom da fé é visto na operação da cura do coxo na porta do Templo, registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato de 2Reis 1:10-12(O fogo do céu consome 100 homens).
EXPLICANDO O QUE É FÉ SALVADORA, FÉ NATURAL E FÉ ATIVA
A FÉ SALVADORA. É a crença de que Jesus é o único e suficiente Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se ar repende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou “fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm 10:17), o Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte e do juízo (João 16:8-11) e, deste modo, o homem crê e, mediante esta fé, é justificado (Rm 5:1), ou seja, posto numa posição de justo diante de Deus, o que lhe permite ter paz, isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta fé é a que concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a fé, ou não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não precisa pedir; aquele que não tem, não adianta pedir - “… nós sabemos que Deus não ouve a pecadores…”(João 9:31). Segundo a Bíblia, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir. Não adianta pedir porque não está escrito que a fé vem através da oração, ou pelo pedir, mas, sim “… pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento da fé, como pediram os discípulos - “Disseram então os apóstolos ao Senhor: acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram: “dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos a fé”. Acrescentar significa ajuntar alguma coisa à outra para torná-la maior.
A FÉ NATURAL. A Fé Natural é a chamada fé esperança, fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para lutar, para progredir, para superar dificuldades. Quando o homem perde a fé natural, ele cai no desânimo, perde a vontade de viver, de lutar. É ela que faz com que o homem seja um ser religioso, faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele, com facilidade, crê na sua existência - “Tu crês que há um só Deus? Fazes bem…”(Tg 2:19), ou seja, nisto não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “… também os demônios o crêem e estremecem”. Não ouvindo falar de um Deus Criador, então o homem inventa os seus próprios “deuses”. Ele sente necessidade de crer. Porém, este crer, mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural, não muda nada em sua vida.
A fé natural não leva o homem a Deus e nem trás Deus ao homem. A Fé Natural não pode se transformar em Fé Espiritual, ela só atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem a compreender e a adquirir os bens espirituais.
Dentre os exemplos de Fé Natural podemos citar a do agricultor, ou lavrador. Se o agricultor não tiver fé natural, ele não semeia, conforme afirmou Salomão - “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”(Ec 12:4). Isto significa que ele não pode ficar na dependência do tempo, se vai chover, se vai fazer sol! O tempo passa! Ele tem que acreditar, ter fé, lançar a semente, crer que haverá uma colheita abundante… e esperar! Mas, nada pode lhe garantir que haverá colheita. Uma praga, a falta ou excesso de chuva pode prejudicar, e até destruir toda colheita! Isto diferencia muita da Fé espiritual, que é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”(Hn 11:1). A fé espiritual só pode ser recebida como dom de Deus, através de sua Palavra. Isto acontece no momento da Conversão, ou do Novo Nascimento. Somente o homem nascido de novo possui a fé espiritual.
A FÉ ATIVA. É a confiança absoluta em alguém ou em algo. É precisamente este o significado em que se deve entender fé enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo, após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador. Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali. Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos faz superar todos os obstáculos e a enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual. Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos Hebreus no “capítulo da fé” (o capítulo 11 da epístola aos Hebreus). É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).
Portanto, todos os salvos têm Fé Salvadora e Fé Ativa, mas nem todos são contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado, conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.
II. OS DONS DE CURAR
“E a outro, no mesmo Espírito, dons de curar” (1Co 12.9). Estes dons são conhecidos pela igreja para a cura das doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto dos incrédulos, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja, esta experiência era constante no ministério dos discípulos. O Espírito Santo concedeu-lhes os dons de poder, que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.
Não devemos confundir os Dons de curar com o sinal de
cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a
confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de curar são
repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que,
na operação de cura, Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
Observe a expressão bíblica: “dons de curar”. Por está no plural, não
deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”;
indica diferentes atitudes de curar enfermidades e sugere que cada
ato de cura vem de um dom especial de Deus.
Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do
corpo de Cristo(1Co 12:11,30); todavia, todos eles podem orar
pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt 10:8).
Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura
das enfermidades na Igreja é impedida por causa do pecado
escondido, não confessado; é o que Tiago nos diz em
Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros
e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes
devem confessar seus pecados a Deus e a Igreja
(quando esta for ofendida e escandalizada).
O pecado na igreja estorva as orações dos crentes
e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.
OS “DONS DE CURA” SÃO OPERADOS JUNTAMENTE COM A FÉ DO DOENTE?
Em certas ocasiões os doentes eram curados através
da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração - veja o
caso da cura do coxo no templo formosa; não houve
nenhuma iniciativa de fé por parte do doente -, mas a
fé por parte da pessoa aflita é importante e algumas vezes
essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na
cidade de Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária:
“Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e
vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta:
Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e
andou” (At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura,
não obstante sua ordem para que o coxo levantasse foi dada
depois de perceber que ele tinha fé para ser curado.
Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra,
nos ensina que a pregação da Palavra de Deus é uma
forma de incutir fé nas pessoas que nos ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17).
Conforme Mateus 13:58, Cristo não curou todos os
enfermos por causa da incredulidade do povo -
“E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”.
Desta feita, deduz-se que quem possui o Dom da cura não
tem poder de curar a todos os enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.
OS “DONS DE CURA” NÃO SÃO PROPRIEDADE DOS HOMENS
Os dons de curar manifestam-se como intervenção especial
e direta de Deus em favor daquele que sofre, logo não
são propriedades do ser humano. Eles são dados
a Igreja para serem usados como instrumentos de
trabalho na pregação do Evangelho. A cura está sujeita
a vontade de Deus, bem como a manifestação dos dons de
curar. É preciso ter o cuidado de não limitar o poder de Deus
para operar conforme queira.
Infelizmente, “alguns pregadores usam os dons de
curar para autopromover-se, não demonstrando nenhum
respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio
das coisas sagradas (At 8:17-21), esbulham as igrejas
em campanhas que, de Deus, só têm o nome.
Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade
do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão
ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e
hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo”.
Tenhamos cuidado, pois atualmente existem muitos
falsos milagreiros, como no passado; que fazem
“milagres” como Janes e Jambres fizeram no Egito
(cf Ex 7:11,12 - 2Tm 3:8,9). Cuidado com os
milagres forjados - exemplo: a “santa” - imagem de escultura -
que chorou, etc…).
O PROPÓSITO DOS “DONS DE CURA”
A cura tem sido uma das marcas identificadoras da
pregação pentecostal ao redor do mundo.
É algo destinado aos que crêem, é
uma realidade atual e indispensável para que
demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja,
para que o nome do Senhor seja glorificado, mas
não devemos nos esquecer de que o propósito da
cura divina não é a saúde física de alguém, mas,
sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21),
a confirmação da palavra da pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5)
e a comprovação da presença de Deus no meio do seu
povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem
sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que
não se confundem com a nossa vontade ou com
os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos
o por quê alguém está doente, a fim de que compreendamos
qual o propósito do Senhor nesta doença.
Portanto, aqueles que pregam a cura divina não podem
esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão
dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que
nem todos são curados. Há exemplo na Bíblia em que
apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, recebe
essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de
Betesta(João 5:1-8). Isso porque a cura é um ato
eminentemente divino e Deus cura a quem e quando lhe apraz.
A FÉ DO HOMEM É UMA CONDIÇÃO RELATIVA, NÃO
ABSOLUTA PARA O RECEBIMENTO DA CURA DIVINA.
A fé, seja daquele que vai ser curado ou daquele
que intercede por um outro, é a única condição para
que a cura seja efetivada (Mt 9:22; At 3:6).
Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa,
não absoluta para o recebimento da cura divina.
Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura,
é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a
lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como
Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas
(Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso
específico de Paulo, por motivos que estão além da
compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente.
Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas,
no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade
estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23).
Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de
Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do
mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico
seja pecado, devido ao exemplo
de Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque
preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor.
Há bons médicos que podem atuar como instrumentos de Deus
para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus:
“Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt 9:12).
IMPEDIMENTOS À CURA
Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à
cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5:16);
(2) opressão ou domínio demoníaco(Lc 13:11-13); (3)
insucessos no passado que debilitam a fé hoje(Mc 5:26;
João 5:5-7); (4) o povo(Mc 10:48); (5) ensino
antibíblico(Mc 3:1-5;7:13); (6) descuido da igreja
em buscar e receber os dons de operações de
milagres e de curas, segundo a provisão divina
(At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31;
Hb2:3,4); (7) incredulidade(Mc 6:3-6; 9:19,23,24); e
(8) irreverência com as coisas santas do Senhor(1Co 11:29,30).
Casos há em que não está esclarecida a razão da persistência
da doença física em crentes dedicados(por exemplo Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).
III. O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
“e a outro, a operação de maravilhas” (1Co 12:10). O que são Sinais e Maravilhas? São operações de milagres extraordinários e espantosos pelo poder de Deus. São fatos que fogem à explicação das leis naturais (exemplos: Moisés e o mar vermelho; Jesus acalmando a tempestade (Lc 8:24); a ressurreição de Lázaro). São ocorrências difíceis de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural das coisas. Por isso, os sinais e maravilhas são uma demonstração de que Deus criou o mundo, não se confunde com a sua criação e, além disso, participa desta criação, fazendo intervenções que modificam as leis por Ele mesmo estabelecidas, quando isto é da sua vontade e atende aos seus sublimes propósitos. Em fim, através deste dom Deus opera:
Algo sobrenatural (2Rs 4:1-7); Algo que vai contra
todas as leis da natureza(2Rs 4:32-37); Algo que
vai contra as leis da química e da física (2Rs 6:1-7);
Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano
(capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal - Josué 10:12-13).
Mais exemplos de operações de maravilhas: a vara de
Moisés transformada (Ex 4:1-5); o azeite da viúva
(1Rs 17:13-16); a transformação da água em vinho
(João 2:7-11); ressurreição de Lázaro (João 11.39-44);
a multiplicação dos pães(Mt 14:19-21). A ressurreição é
um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura,
pois o corpo já está morto. O expelir demônios também é
um exemplo de maravilha. Ver ainda Atos 8:6,13. A Bíblia
ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias
eram realizadas (Atos 19:11).
Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de
operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará
sempre relacionado com o restabelecimento da saúde,
o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem
estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas
sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo,
a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.
OBJETIVOS DO MILAGRE
Glorificar o nome de Jesus. Na luta diária contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6:12), contra as portas do inferno (Mt 16:18), a Igreja não pode apenas viver dos registros constantes das Escrituras, mas tem de sentir a glorificação presente e atual de Jesus através da operação de poder pelo Espírito Santo, que foi derramado sobre a Igreja, entre outras coisas, precisamente para glorificar o nome de Jesus (João 16:14). Uma das formas de glorificação é a realização de sinais e maravilhas, quando o Pai é glorificado no Filho (João 14:13,14).
Autenticar a mensagem de Cristo. Após sua ressurreição e subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos, ao fim do seu Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam, o Senhor cooperava com eles realizando milagres e dando validade à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20). Lucas, narrando a história dos Atos dos Apóstolos, diz que os discípulos “detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios”(At 14:3).
O CUIDADO COM A SUPERVALORIZAÇÃO DOS MILAGRES
Conquanto Deus realize sinais e maravilhas através do seu povo
santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais
e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade
humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo
para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se
colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco
regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude
na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam
aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a
Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem
aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem
os milagres(Revista Ensinador Cristão - nº 45 - p.38).
CONCLUSÃO
Jesus quer continuar a confirmar a sua obra por meio de nós
através dos dons espirituais de poder. Afinal, o cristão autêntico
acredita na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons
espirituais (Mc 16:17-20). Estes dons não cessaram, continuam
disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai
cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos
diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo
“em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos
uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação.
O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo
sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade
com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe
que o Espírito de Deus o use. Amém!
——-
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço - Prof. EBD -
Assembléia de Deus - Ministério Bela Vista.
Aqui, a palavra poder significa autoridade. Portanto, quando a Bíblia nos diz que o
Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade. Assim sendo,
os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus, a sua onipotência,
a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano, sobre os
demônios. Eles são concedidos pelo Espírito Santo à igreja a fim de auxiliá-la na
propagação do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado.
Também, através dos mesmos a soberania de Deus sobre todas as coisas
e a Sua presença no meio da igreja são confirmadas. Jamais devem ser utilizados para a exaltação pessoal. Esses dons são: fé, dons de curar, operação de maravilhas.
confiança extraordinária, especial, que faz com que pessoas tenham uma
crença pontual além dos limites do imaginável e que, mediante esta confiança,
realizem coisas que estão além do alcance da imaginação humana.
Temos sempre ouvido ações e gestos de servos do Senhor que,
tomados pelo Espírito com uma fé excepcional, agem de acordo com
a vontade de Deus e servem para a sua glorificação. Esse dom só
se manifesta quando surge uma necessidade. Assim, por exemplo,
agiu Paulo no navio que o levava a Roma, ao usar de autoridade para
impedir que algum mal se fizesse aos presos e, assim, sendo um simples
prisioneiro, dirigir e comandar a própria salvação de todos os que ali
estavam (At 27:30-36). Esta fé é apenas daqueles salvos que são
aquinhoados pelo Espírito Santo com este dom e devem
exercê-lo sempre em vista do consolo, admoestação e conforto da
Igreja. Também, a sua manifestação objetiva o crescimento,
desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.
registrada em Atos 3. Pedro teve a fé milagrosa para ordenar ao coxo
que levantasse e andasse em nome de Jesus. O profeta Elias tinha o
dom da fé segundo o relato de 2Reis 1:10-12(O fogo do céu consome 100 homens).
Senhor e Salvador de nossas vidas. Quando alguém dá crédito
à pregação do Evangelho, considera-se um pecador e se ar
repende dos pecados e crê que Jesus pode perdoá-lo e se
submete à vontade de Deus, crendo que Jesus pode dar-lhe
a vida eterna e levá-lo ao céu, age com a “fé salvadora” ou
“fé salvífica”. Esta fé não nasce no homem, mas é dom de
Deus (Ef 2:8). Através da Palavra de Deus(Rm 10:17), o
Espírito Santo convence o homem do pecado, da morte
e do juízo (João 16:8-11) e, deste modo, o homem crê e,
mediante esta fé, é justificado (Rm 5:1), ou seja, posto numa
posição de justo diante de Deus, o que lhe permite ter paz,
isto é, comunhão com Deus, sendo vivificado em Cristo. Esta fé
é a que concede salvação para o homem. Logo, não é bíblico orar
pedindo fé. Ou o homem é nascido de novo e já recebeu a fé, ou
não é nascido de novo, e não tem fé. Aquele que já tem, não
precisa pedir; aquele que não tem, não adianta pedir - “… nós
sabemos que Deus não ouve a pecadores…”(João 9:31). Segundo
a Bíblia, a fé não vem pelo pedir, mas, pelo ouvir. Não adianta
pedir porque não está escrito que a fé vem através da oração, ou
pelo pedir, mas, sim “… pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra
de Deus”(Rm 10:17). O que é bíblico é orar pelo crescimento
da fé, como pediram os discípulos - “Disseram então os apóstolos
ao Senhor: acrescenta-nos a fé”(Lc 17:5). Eles não disseram:
“dá-nos fé”, mas, “acrescenta-nos a fé”. Acrescentar significa
ajuntar alguma coisa à outra para torná-la maior.
fé intelectual. Esta fé nasce com o homem, faz parte da
natureza humana. É a fé que dá ao homem motivação para
lutar, para progredir, para superar dificuldades.
Quando o homem perde a fé natural, ele cai no
desânimo, perde a vontade de viver, de lutar.
É ela que faz com que o homem seja um ser religioso,
faz com que ele creia sempre em algo, ou alguém
superior a ele. Ouvindo falar de um Deus Criador, ele,
com facilidade, crê na sua existência - “Tu crês que
há um só Deus? Fazes bem…”(Tg 2:19), ou seja, nisto
não há nada de excepcional. E Tiago acrescenta: “…
também os demônios o crêem e estremecem”.
Não ouvindo falar de um Deus Criador, então
o homem inventa os seus próprios “deuses”.
Ele sente necessidade de crer. Porém, este crer,
mesmo que seja no Deus Verdadeiro, através da fé natural,
não muda nada em sua vida.
homem. A Fé Natural não pode se transformar em Fé Espiritual,
ela só atua na esfera material. Ela não pode ajudar o homem
a compreender e a adquirir os bens espirituais.
ou lavrador. Se o agricultor não tiver fé natural, ele não semeia,
conforme afirmou Salomão - “Quem observa o vento, nunca
semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”(Ec 12:4).
Isto significa que ele não pode ficar na dependência do tempo,
se vai chover, se vai fazer sol! O tempo passa! Ele tem que acreditar,
ter fé, lançar a semente, crer que haverá uma colheita abundante…
e esperar! Mas, nada pode lhe garantir que haverá colheita. Uma
praga, a falta ou excesso de chuva pode prejudicar, e até destruir
toda colheita! Isto diferencia muita da Fé espiritual, que é “o firme
fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que
se não vêem”(Hn 11:1).
A fé espiritual só pode ser recebida como dom de Deus, através
de sua Palavra. Isto acontece no momento da Conversão, ou do
Novo Nascimento. Somente o homem nascido de novo possui a fé
espiritual.
É precisamente este o significado em que se deve entender fé
enquanto “fé ativa”. Esta fé é exercida diariamente pelo salvo,
após ter aceitado Jesus como seu Senhor e Salvador.
Trata-se da atitude de confiança em Deus, de crédito
à sua Palavra, às suas promessas. Somente podemos dizer
que temos fé se dermos crédito à Palavra de Deus e dar
crédito à Palavra de Deus é fazer o que Ele manda ali.
Esta fé é o combustível que nos leva a caminhar
em direção a Jerusalém celestial. É o elemento que nos
faz superar todos os obstáculos e a
enxergar as circunstâncias sob o prisma espiritual.
Foi esta fé que fez com que os antigos vencessem
todas as dificuldades, como nos mostra o escritor aos
Hebreus no “capítulo da fé” (o capítulo 11 da epístola aos Hebreus).
É esta fé que nos faz vencer o mundo (1João 5:4).
todos são contemplados com o Dom da Fé. Este Dom é dado,
conforme a vontade do Espírito Santo, para o desenvolvimento
e expansão do Reino de Deus, para que seu nome seja glorificado.
Estes dons são conhecidos pela igreja para a cura das
doenças do corpo, da alma e do espírito, dos crentes quanto
dos incrédulos, por meios divinos e sobrenaturais
(Mt 4:23-25;10:1; At 3:6-8;4:30). Nos primórdios da igreja,
esta experiência era constante no ministério dos discípulos.
O Espírito Santo concedeu-lhes os dons de poder,
que confirmaram e fortaleceram a vida cristã.
cura de enfermos, que se trata de uma operação divina feita para a
confirmação da pregação do Evangelho. Os Dons de curar são
repartidos pelo Espírito Santo especificamente a alguns, enquanto que,
na operação de cura, Deus se manifesta para confirmar a Sua Palavra.
deixa dúvidas de que se trata de “dons especiais para casos específicos”;
indica diferentes atitudes de curar enfermidades e sugere que cada
ato de cura vem de um dom especial de Deus.
corpo de Cristo(1Co 12:11,30); todavia, todos eles podem orar
pelos enfermos. Jesus disse: “curai os enfermos”(Mt 10:8).
Havendo fé, os enfermos são curados. Muitas vezes a cura
das enfermidades na Igreja é impedida por causa do pecado
escondido, não confessado; é o que Tiago nos diz em
Tiago 5:16: “Confessai as vossas culpas uns aos outros
e orai uns pelos outros, para que sarei”. Portanto, os crentes
devem confessar seus pecados a Deus e a Igreja
(quando esta for ofendida e escandalizada).
O pecado na igreja estorva as orações dos crentes
e impede a manifestação do poder sanador divino na congregação.
da fé possuída pelo indivíduo que fazia a oração - veja o
caso da cura do coxo no templo formosa; não houve
nenhuma iniciativa de fé por parte do doente -, mas a
fé por parte da pessoa aflita é importante e algumas vezes
essencial. Veja uma situação que ocorreu com Paulo na
cidade de Listra, por ocasião de sua primeira viagem missionária:
“Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e
vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta:
Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e
andou” (At 14:9-10). Paulo estava exercendo o dom de cura,
não obstante sua ordem para que o coxo levantasse foi dada
depois de perceber que ele tinha fé para ser curado.
Esse fato ocorrido com o apóstolo Paulo em Listra,
nos ensina que a pregação da Palavra de Deus é uma
forma de incutir fé nas pessoas que nos ouvem: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10:17).
enfermos por causa da incredulidade do povo -
“E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles”.
Desta feita, deduz-se que quem possui o Dom da cura não
tem poder de curar a todos os enfermos; deve, portanto, ser dado lugar à vontade soberana de Deus e à atitude e condição espiritual do enfermo.
e direta de Deus em favor daquele que sofre, logo não
são propriedades do ser humano. Eles são dados
a Igreja para serem usados como instrumentos de
trabalho na pregação do Evangelho. A cura está sujeita
a vontade de Deus, bem como a manifestação dos dons de
curar. É preciso ter o cuidado de não limitar o poder de Deus
para operar conforme queira.
curar para autopromover-se, não demonstrando nenhum
respeito pelos que sofrem. Outros, fazendo comércio
das coisas sagradas (At 8:17-21), esbulham as igrejas
em campanhas que, de Deus, só têm o nome.
Descompromissados e vaidosos, valem-se da simplicidade
do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão
ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e
hipnóticas como se estivessem sendo usados pelo Espírito Santo”.
falsos milagreiros, como no passado; que fazem
“milagres” como Janes e Jambres fizeram no Egito
(cf Ex 7:11,12 - 2Tm 3:8,9). Cuidado com os
milagres forjados - exemplo: a “santa” - imagem de escultura -
que chorou, etc…).
pregação pentecostal ao redor do mundo.
É algo destinado aos que crêem, é
uma realidade atual e indispensável para que
demonstremos a presença de Deus no meio da Igreja,
para que o nome do Senhor seja glorificado, mas
não devemos nos esquecer de que o propósito da
cura divina não é a saúde física de alguém, mas,
sim, a glorificação do nome do Senhor (At 4:21),
a confirmação da palavra da pregação(Mc 16:20; 1Ts 1:5)
e a comprovação da presença de Deus no meio do seu
povo(At 10:38; 1Co 2:4,5). Por causa disso, nem
sempre Jesus cura, pois a cura tem propósitos que
não se confundem com a nossa vontade ou com
os nossos caprichos. Por isso é importante sabermos
o por quê alguém está doente, a fim de que compreendamos
qual o propósito do Senhor nesta doença.
esquecer que o maior milagre continua sendo o perdão
dos pecados (Mc 2:10-12). Além disso, é bom saber que
nem todos são curados. Há exemplo na Bíblia em que
apenas uma pessoa, em meio a uma multidão, recebe
essa dádiva, como é o caso do paralítico do tanque de
Betesta(João 5:1-8). Isso porque a cura é um ato
eminentemente divino e Deus cura a quem e quando lhe apraz.
ABSOLUTA PARA O RECEBIMENTO DA CURA DIVINA.
que intercede por um outro, é a única condição para
que a cura seja efetivada (Mt 9:22; At 3:6).
Entretanto, a fé do homem é uma condição relativa,
não absoluta para o recebimento da cura divina.
Há momentos que a resposta de Deus, em relação à cura,
é negativa, e, quando isso acontece, devemos aprender a
lidar com a soberania divina. Mesmo homens de fé, como
Moisés e Paulo, deixaram de ter suas orações atendidas
(Dt 3:26; 2Co 12:8,9). Deus as ouviu, mas, no caso
específico de Paulo, por motivos que estão além da
compreensão humana, disse-lhe que sua graça seria suficiente.
Paulo fora usado por Deus para que muitas pessoas fossem curadas,
no entanto, ao dirigir-se a Timóteo, quanto a uma enfermidade
estomacal, recomenda-lhe a ingestão de um pouco de vinho (1Tm 5:23).
Fazemos uma ressalva de que essa é uma recomendação particular de
Paulo a Timóteo, que não pode ser transformada em doutrina. Do
mesmo modo, não podemos pensar que a busca do auxílio médico
seja pecado, devido ao exemplo
de Asa (2Cr 16:12) - Asa fora reprovado, nesse sentido, porque
preferiu depositar sua confiança nos médicos, e não no Senhor.
Há bons médicos que podem atuar como instrumentos de Deus
para a obtenção da cura das doenças. A esse respeito disse Jesus:
“Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes” (Mt 9:12).
cura divina, como: (1) pecado não confessado (Tg 5:16);
(2) opressão ou domínio demoníaco(Lc 13:11-13); (3)
insucessos no passado que debilitam a fé hoje(Mc 5:26;
João 5:5-7); (4) o povo(Mc 10:48); (5) ensino
antibíblico(Mc 3:1-5;7:13); (6) descuido da igreja
em buscar e receber os dons de operações de
milagres e de curas, segundo a provisão divina
(At 4:29,30; 6:8;8:5,6; 1Co 12:9,10,29-31;
Hb2:3,4); (7) incredulidade(Mc 6:3-6; 9:19,23,24); e
(8) irreverência com as coisas santas do Senhor(1Co 11:29,30).
da doença física em crentes dedicados(por exemplo Fl 4:13,14; 1Tm 5:23; 2Tm4:20).
O que são Sinais e Maravilhas? São operações de milagres
extraordinários e espantosos pelo poder de Deus. São fatos
que fogem à explicação das leis naturais (exemplos:
Moisés e o mar vermelho; Jesus acalmando a tempestade
(Lc 8:24); a ressurreição de Lázaro). São ocorrências difíceis
de explicar, que aparentemente contradizem a ordem natural
das coisas. Por isso, os sinais e maravilhas são uma
demonstração de que Deus criou o mundo, não se confunde
com a sua criação e, além disso, participa desta criação,
fazendo intervenções que modificam as leis por Ele
mesmo estabelecidas, quando isto é da sua vontade
e atende aos seus sublimes propósitos. Em fim, através
deste dom Deus opera:
todas as leis da natureza(2Rs 4:32-37); Algo que
vai contra as leis da química e da física (2Rs 6:1-7);
Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano
(capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal - Josué 10:12-13).
Moisés transformada (Ex 4:1-5); o azeite da viúva
(1Rs 17:13-16); a transformação da água em vinho
(João 2:7-11); ressurreição de Lázaro (João 11.39-44);
a multiplicação dos pães(Mt 14:19-21). A ressurreição é
um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura,
pois o corpo já está morto. O expelir demônios também é
um exemplo de maravilha. Ver ainda Atos 8:6,13. A Bíblia
ressalta que, pelas mãos de Paulo, maravilhas extraordinárias
eram realizadas (Atos 19:11).
operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará
sempre relacionado com o restabelecimento da saúde,
o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem
estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas
sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo,
a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.
espirituais da maldade (Ef 6:12), contra as portas do inferno
(Mt 16:18), a Igreja não pode apenas viver dos registros constantes
das Escrituras, mas tem de sentir a glorificação presente e atual de
Jesus através da operação de poder pelo Espírito Santo, que foi
derramado sobre a Igreja, entre outras coisas, precisamente para
glorificar o nome de Jesus (João 16:14). Uma das formas de
glorificação é a realização de sinais e maravilhas, quando o Pai
é glorificado no Filho (João 14:13,14).
subida aos Céus, seus discípulos deram prosseguimento à
proclamação do Reino de Deus e, sem dúvida, os milagres
tiveram uma participação ativa nessa proclamação. Marcos,
ao fim do seu Evangelho, conta que quando os discípulos pregavam,
o Senhor cooperava com eles realizando milagres e dando validade
à pregação, pois o poder de Deus era demonstrado junto com as
palavras - “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com
os sinais que se seguiram. Amém”(Mc 16:20). Lucas, narrando
a história dos Atos dos Apóstolos, diz que os discípulos “detiveram-se,
pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava
testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos
se fizessem sinais e prodígios”(At 14:3).
santo, os mesmos não devem nortear a vida do crente. Sinais
e maravilhas são feitos pelo Senhor, que utiliza a instrumentalidade
humana para esse fim, mas isso não significa que eles são o indicativo
para a orientação de Deus às nossas vidas. Há pessoas que se
colocam como reféns de milagres, como se estes fossem o marco
regulatório para a vida cristã, e não tomam nenhuma postura ou atitude
na vida se não virem milagres à sua volta. Tais pessoas precisam
aprender a crer que os milagres são parte do Evangelho, mas que a
Palavra de Deus é que deve nortear a vida do crente. Os sinais seguem
aqueles que seguem a Palavra de Deus, e não os que crêem seguem
os milagres(Revista Ensinador Cristão - nº 45 - p.38).
através dos dons espirituais de poder. Afinal, o cristão autêntico
acredita na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons
espirituais (Mc 16:17-20). Estes dons não cessaram, continuam
disponíveis à Igreja, pois a pregação do Evangelho só vai
cessar quando o Senhor Jesus voltar. Basta que nos coloquemos
diante do altar do Senhor, ou seja, apresentemos nosso corpo
“em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”; apresentemos
uma vida de consagração a Deus, uma vida de santificação.
O Senhor nosso Deus usa vasos limpos, ou purificados pelo
sangue de Cristo, vasos que não estejam em conformidade
com o mundo. Coloque-se na presença do Senhor e deixe
que o Espírito de Deus o use. Amém!
Assembléia de Deus - Ministério Bela Vista.